
O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), liberou para julgamento os réus do caso Marielle Franco, na ação penal contra acusados pelo assassinato da vereadora do Psol e do motorista Anderson Gomes, ocorrido em 2018, no Rio de Janeiro.
Quem são os réus do caso Marielle Franco
A decisão abre caminho para que o caso seja analisado pela Primeira Turma da Corte em sessão presencial.
Na decisão, Moraes pediu ao presidente da Primeira Turma, ministro Flávio Dino, que agende uma data para julgamento presencial do processo.
Como o recesso do STF começa em 19 de dezembro e vai até 1º de fevereiro, a expectativa é que a apreciação do caso ocorra somente em 2026, segundo o despacho do relator.
Réus do caso Marielle Franco seguem presos preventivamente
São réus pela suposta participação no crime o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ) Domingos Brazão, o ex-deputado federal Chiquinho Brazão, irmão de Domingos, o ex-chefe da Polícia Civil do Rio Rivaldo Barbosa, o major da Polícia Militar Ronald Alves de Paula e o ex-policial militar Robson Calixto, assessor de Domingos. Todos estão presos preventivamente.
De acordo com a delação premiada do ex-policial Ronnie Lessa, que confessou ter efetuado os disparos contra a vereadora, os irmãos Brazão e Rivaldo Barbosa teriam atuado como mandantes do crime. A delação descreve a atuação de cada um dos acusados na preparação e execução do ataque.
Segundo as investigações, Rivaldo Barbosa teria participado dos preparativos da execução. Ronald é apontado como responsável por monitorar a rotina de Marielle e repassar as informações ao grupo, enquanto Robson Calixto teria entregue a arma usada no crime a Lessa.
Investigação aponta motivação política dos réus do caso Marielle Franco
A Polícia Federal concluiu que o assassinato de Marielle Franco está relacionado ao posicionamento político da vereadora. O crime estaria ligado à atuação contrária da parlamentar aos interesses do grupo político liderado pelos irmãos Brazão.
Esse grupo, segundo a investigação, tem ligação com questões fundiárias em áreas controladas por milícias no Rio de Janeiro. A atuação de Marielle em defesa de direitos humanos e em temas urbanos sensíveis é apontada como um dos fatores de atrito com esses interesses.
Nos depoimentos prestados durante a investigação, os acusados negaram participação no assassinato. Caberá agora à Primeira Turma do STF, em data ainda a ser marcada, julgar a responsabilidade penal dos réus no caso.
Com informações da Agência Brasil









